Fundos de investimentos fogem de tabu e buscam lucrar com serviços funerários

Valor Econômico (Íntegra da notícia)

18/08/2022

Gestoras de investimentos já começaram a criar fundos imobiliários voltados exclusivamente a cemitérios, crematórios e serviços funerários, sinalizando que lucrar com produtos e serviços destinados ao luto deve se tornar cada vez menos um tabu.

Um deles é o Brazilian Graveyard and Death Care. Criado pela Zion Invest, o fundo administra um patrimônio de R$ 71 milhões e registra rentabilidade de 77,91% em 2022. No acumulado de 2020 para cá, a rentabilidade é menor, em um período marcado por pandemia e crises econômicas: 33% – na mesma comparação, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), da B3, caiu 11%.

“O Care11 tem seis anos e começou com um cemitério em Belo Horizonte. Depois fizemos outras ofertas para comprar ativos do mercado de ‘death care’”, conta o diretor da Zion, Francisco Garcia. Ele diz que a ideia partiu de um dos sócios da gestora que uniu o conhecimento que tinha no mercado financeiro com e o adquirido pelo negócio da família, dona de cemitério. Entre os ativos, o fundo hoje é dono de 2.873 jazigos (túmulos) no Cemitério do Morumby, no bairro nobre de São Paulo.


Voltar ao topo